Feliz Natal!
Feliz 2016!

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

A Maçonaria e suas influências na Independência do Brasil


Um resumo
A pirâmide com o olho em seu topo ou acima dela,
a letra G e o número 7
são símbolos de várias organizações secretas ou discretas
(veja qual é a diferença entre elas no artigo
"Do Priorado de Sião à Maçonaria atual").
Também aparecem em muitos códigos,
são citados em quase toa a Bíblia,
em vários mitos e em várias religiões.  
da história da Maçonaria - de sua origem até a independência do Brasil.








A mensagem em latim contem 29 letras.
Ou seja: o número 7 três vezes. 





















A origem da letra G está relacionada à da letra C. Os fenícios a chamavam de "gimel", e a usavam tanto para representar os sons do C como os do próprio G. Ao ser adotado pelos gregos, o G passou a se chamar "gama" e continuou sendo mantido como a terceira letra do alfabeto - precedido por "alfa" e "beta", que originaram os nossos A e B. Mais tarde, assumiu o significado de sons próprios quando o C se manteve como a terceira letra e o G - que antes tinha a mesma forma do C - adquiriu a forma que tem hoje no nosso alfabeto, passando a ser a sétima letra. A partir daí o C passou a ter o mesmo som do K em algumas palavras e de S em outras, como acontece, na língua portuguesa, nas palavras "carro" e "cebola". Na Grécia, o "gama", representado com forma "C" recebeu um pequeno traço que lhe deu a forma que tem até hoje: G. Isto ajudou a definir os sons que essa letra tem ainda hoje, gutural como em certas palavras da língua portuguesa ("ganhar", "garoto", "gula", etc.) e palatal em outras ("gênio", "girafa", etc.).

A Maçonaria e sua influência nas independências dos países americanos
- especialmente Estados Unidos e Brasil -

A letra G se tornou um dos símbolos da Maçonaria e de várias outras entidades secretas e discretas existentes em todo o mundo. Certamente isto tem uma relação com o 7, já que o G é a sétima letra do alfabeto. No Brasil, a Maçonaria teve influência decisiva no processo de independência em relação a Portugal. A data, 7 de setembro de 1822, já tem o número 7 representando o dia do fato. O mês de setembro tem este nome porque antigamente era de fato o sétimo mês do ano.
A concretização das independências dos Estados Unidos e do Brasil já estava sendo traçada praticamente desde o avanço da Maçonaria pela Europa. Muitas pessoas perguntam o que uma coisa tem a ver com a outra, mas não é tão difícil seguir a trilha da história passo a passo. Não é uma sociedade secreta, é uma sociedade discreta. 
Numa sociedade secreta, os iniciados tem acesso a certos conhecimentos que, segundo seus membros, não devem ser compartilhados publicamente porque os não iniciados não seriam capazes de compreendê-los corretamente. Numa sociedade discreta (Maçonaria, Rosa-Cruz, entre outras), é aceita a afiliação de todos os cidadãos comprovadamente de bons costumes, quaisquer que sejam suas raças, nacionalidades, credos, tendências políticas ou filosóficas. Não são aceitos os adeptos do comunismo teotérico por se considerar que estes negam às pessoas o direito à liberdade individual da auto-determinação. É chamada "sociedade discreta" por realizar ações filantrópicas e outras de interesse público, porém sem divulgar essas realizações por considerar um princípio básico: se você faz um bem, não há necessidade do que você faz se tornar de conhecimento público.
O nome "Maçonaria" vem da palavra francesa "maçonnerrie", que, dependendo do contexto em que é inserida mesmo em francês, pode significar "pedreira", "alvenaria" ou "construção". No caso da confraria, o sentido é de "construção", pois cada maçom tem a função de ser auxiliar do "Grande Arquiteto" (Deus) na continuidade da construção do mundo e de todo o Universo - que, por não ter limites, não pára de ser construído.
Vários autores informam que a história da Maçonaria começou na Idade Média. Outros apresentam indícios, segundo eles, de que a origem da Maçonaria é muito mais antiga, remontando a um período chamado "Pré-Maçonaria" ou "Maçonaria Primitiva". Esse período abrange todo o conhecimento herdado do passado mais remoto da História da Humanidade até o início da Maçonaria Operativa. Este, sim, é o período que marca a origem iniciática da fraternidade, e que por sua vez deu origem à Maçonaria moderna,  que começou no período da Idade Média em que se iniciaram as construções de igrejas e catedrais na Europa.
Por falta de conhecimento mais profundo, muitos leigos até hoje relacionam a Maçonaria a coisas como ocultismo, magia e outras crendices. Isto demonstra total desconhecimento do sistema filosófico e doutrinário da confraria, que não é totalmente secreto: grande parte desse sistema é disponibilizado ao conhecimento público. Sabe-se, por exemplo, que a Maçonaria adota princípios como os das Guildas, de Compagnonnage e de Steinmetzen.
As Guildas eram associações criadas na Inglaterra durante o século XII para regulamentar o processo produtivo artesanal em cidades com mais de 10 mim habitantes. Elas estabeleciam uma hierarquia em cuja base estavam os aprendizes, acima destes os "oficiais" (que hoje chamaríamos de "auxiliares de instrução") e, no ápice, os mestres. Em outras palavras: as Guildas eram o que hoje, em debates sobre temas empresariais, chamamos de "corporações de ofício
", que visam a qualificação de funcionários. "Compagnonnage" e "Steinnetzen" eram respectivamente como as Guildas eram chamadas respectivamente na França e na Alemanha.
Você ainda deve estar se perguntando o que isto tudo tem a ver com as independências dos Estados Unidos e do Brasil. Calma! Lembre-se que eu disse que a trilha da História deve ser seguida passo a passo porque os detalhes são importantes para o melhor entendimento. A Maçonaria dos dias atuais teve início em 1717, unindo os princípios da Maçonaria Operativa com alguns elementos fundamentais do pensamento iluminista. Ao mesmo tempo, não perdeu seus vínculos com suas origens desde a criação da Ordem dos Cavaleiros Templários (ver 
http://teoconspi.blogspot.com.br/2012/11/o-santo-graal-nas-teorias-de-conspiracao.html). Desde aquela época, os Templários, ferrenhos defensores dos direitos do povo aos conhecimentos através das ciências e das artes, passaram a ser também ferrenhamente perseguidos pela Igreja, que se colocava como representante de Deus perante o mundo e como sendo ela mesma o  próprio Centro do Universo. Essa condição fazia com que os representantes da Igreja gozassem de muitos privilégios políticos e sociais que eles não queriam perder. Portanto, o clero via nas ações dos Templários o rico de perderem seu domínio sobre o povo. Assim, a Igreja passou a perseguir, matar e mandar matar qualquer pessoa que ousasse desobedecer às determinações da própria Igreja, especialmente os Templários - e depois os maçons.
Apesar das perseguições, das muitas torturas e mortes a plicadas a muitos muitos maçons pela Igreja e por governantes, os maçons seguiram em frente. A Maçonaria cresceu e se desenvolveu rapidamente por toda a Europa, chegando em Portugal quando o país era governado pelo rei D. José I. Porém, em 1717, após a posse da rainha D. Maria I, a Maçonaria sofreu grande perseguição em Portugal, tendo sido banida e proibida no país e em suas colônias, entre as quais se encontrava o Brasil. Mas o que ocorreu em Portugal não ocorreu em toda a Europa, de modo que a confraria ainda encontrou forças para se reerguer, inclusive nas colônias das nações europeias nas Américas.
A maioria das independências ocorridas no continente americano a partir do século XVII se deu pro influência da Maçonaria. Isto porque nessas colônias já se haviam estabelecido as Grandes Lojas, das quais participavam membros que haviam estudado em universidades europeias, principalmente francesas. Isto certamente não foi uma simples coincidência, considerando que os principais líderes da Ordem dos Templários eram franceses, e que o cerne da Ordem, quando esta começou, era intimamente relacionada aos Merovíngios, e que estes eram membros de uma dinastia que governou a antiga Gália do século V ao século VIII. A Gália era uma região da qual fazia parte do território ocupado pela atual França. Os Merovíngios governavam os francos, povo de origem germânica que fundou a França. Isto também nos facilita entender por que todas as independências ocorridas na América a partir do século VII teve como base a Revolução Francesa, que tinha como princípios a liberdade, os direitos iguais para todos e a fraternidade - exatamente os mesmos pregados pela Maçonaria. Antes dessas independências ocorrerem, houve em Londres um encontro chamado Grande Reunião Americana (apesar de ter ocorrido na Inglaterra, um país europeu) do qual participaram Simón Bolívar, José de San Martin e Bernardo O'Higgins Riquelme. Pouco tempo depois, Bolívar se tornou o líder dos movimentos de independência do Chile, da Bolívia (que tem este nome em sua homenagem), da Venezuela, do Equador e do Peru. San Martín foi um militar argentino que participou dos processos de independência da Argentina, do Chile e do Peru. O militar chileno O'Higgins libertou o Chile e se tornou o primeiro chefe de Estado do país.
Todos os libertadores das colônias europeias na América eram maçons. George Washington era um deles. Ele liderou o Exército Continental durante a Revolução Americana que culminou com a independência dos Estados Unidos no dia 4 de outubro de julho de 1776. Foi também ele quem presidiu a convenção que elaborou a Constituição Federal dos Estados Unidos e se tornou o primeiro presidente do país.
No Brasil, o processo foi bem mais longo. Após a "descoberta" em 1500, o país foi extremamento explorado pelo governo de Portugal. Suas principais riquezas naturais (ouro, pau brasil, diamantes, etc.) enriqueciam os tesouros portugueses enquanto na colônia o povo permanecia subjugado a condições precárias. Vários movimentos contra isto tiveram forte influência da Maçonaria: a Conjuração Baiana (em 1798, pela loja Cavalheiros da Luz), a Revolução Pernambucana (em 1817), e o mais famoso: a Inconfidência Mineira, que teve como líder o alferes Joaquim José da Silva Xavier ("Tiradentes"), que era Maçom e que foi enforcado e esquartejado após ter sido detido. Várias "coincidências" que a história oficial não enfatiza como deveria estão relacionadas à Inconfidência Mineira. A principal delas: o movimento eclodiu em Minas Gerais, um território riquíssimo em jazidas de ouro e pedras preciosas, exatamente no auge do período conhecido como "ciclo do ouro". Observa-se claramente um dos mais conhecidos símbolos maçônicos estampado na bandeira do estado de Minas Gerais: as palavras em latim ("Liberdade, embora tardia.") em torno do triângulo, que é uma das facas da pirâmide.
O triângulo e as palavras em latim
na bandeira de Minas Gerais,
que foi elaborada
participantes da inconfidência.
O processo de independência do Brasil se acelerou com a chegada da Família Real em 1808. Dom João XVI, que assumiu sua condição de representante da Coroa Portuguesa como Príncipe Regente, elevou o Brasil a "Reino Unido de Portugal e Algarves" em 1815. Isto fez o Brasil sair de sua condição de colônia e trouxe avanços culturais, financeiros e comerciais, mas ainda não o tornou um país independente. Portugal estava em franca decadência econômica, e a Coroa Portuguesa passou a fazer certas exigências a D. João. Este, para evitar a perda de seu cargo, retornou a Portugal em abril de 1821, deixando como Príncipe Regente no Brasil seu filho, D. Pedro. O então jovem e inexperiente D. Pedro logo se viu rodeado de uma elite de Maçons. Preocupado com a situação no Brasil, o governo de Portugal baixou dois decretos fazendo o Brasil voltar a ser colônia e exigindo a ida imediata de D. Pedro para Portugal.
No dia 24 de dezembro de 1821, D. Pedro fez um pronunciamento redigido por seu tutor, o líder da Maçonaria no Brasil, José Bonifácio de Andrada e Silva. Em 9 de janeiro de 1822, houve no Rio de Janeiro um encontro de líderes maçons do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. O então presidente do Senado, o maçom José Clemente Pereira, fez um discurso contundente exigindo que D. Pedro ficasse no Brasil, e o Príncipe Regente imediatamente acatou tal exigência: "Diga ao povo que fico." Os movimentos se sucederam até o dia 7 de Setembro de 1822, quando finalmente houve a Proclamação da Independência do Brasil.

Fontes: 

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

A Operação Clipe de Papel

Foto: Wikipedia
Já se passaram 67 anos,
mas o caso continua
gerando polêmica
e envolto em mistérios. 






"Alemanha Nazista" ("Terceiro Reich") é o nome que se dá ao período do governo que se dá ao período do governo na Alemanha de 1933 a 1945 sob a liderança de Adolf Hitler, que presidia o Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães. Em alemão, o nome do partido era Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei (NSDAP). "Nazista" é uma forma reduzida, em português, de "Nationalsozialistische" ("Socialismo Nacional"). No Brasil, o partido se tornou mais conhecido como "Partido Nazista" ou "Partido Nazista Alemão". 
Hitler (1889-1945) se tornou chanceler e ditador alemão conhecido por suas teses racistas e principalmente anti-semitas. Documentos apresentados durante o Julgamento de Nuremberg indicam que judeus, testemunhas de Jeová, deficientes físicos, homossexuais, eslavos, poloneses, homossexuais e deficientes mentais foram perseguidos e mortos por ordem de Hitler durante o período historicamente conhecido como "Holocausto". Esta foi uma das principais causas do maior conflito armado do século XX, a Segunda Guerra Mundial. A Alemanha, a Itália governada pelo regime fascista de Benito Mussolini e o Japão governado pelo imperador Hiroito, formavam o grupo que ficou conhecido como "o Eixo", que foi derrotado pela intervenção dos Países Aliados (ou "Forças Aliadas"), grupo liderado pelos Estados Unidos, do qual o Brasil fez parte através das ações da Força Expedicionária Brasileira (FEB).
A guerra acarretou as mortes de aproximadamente 70 milhões de pessoas e terminou em 1945 com o Eixo sendo derrotado (*). Com isto, muitos cientistas alemães que antes atuavam em seu próprio país foram viver e trabalhar em outros países, principalmente nos Estados Unidos. Um dos que mais se destacaram nos Estados Unidos foi Werner von Braun. 
O foguete Saturno 5
- que levou ao espaço a nave Apollo 11,
que levou os primeiros astronautas a pisarem na Lua,
em 1969 -
sendo lançado por um VLD.

(Foto: Wikipedia)
Wernet Magnus Maximiliam von Braun (1912-1977) era um cientista especializado em engenharia que se destacou por suas atividades em desenvolvimento de foguetes. Nos Estados Unidos, foi um dos principais responsáveis pelos avanços tecnológicos para a realização de viagens espaciais. Foi o líder do projeto que resultou na realização do Aggregat 4, o primeiro foguete de grande porte movido a combustível líquido do mundo. Também teve importante participação nas criação de veículos lançadores - ou "veículos de lançamento descartável" (VLD) - das missões da NASA (National Aeronautics and Space Administration – Administração Nacional da Aeronáutica e do Espaço).
Essa mudança dos cientistas alemães para os Estados Unidos ficou conhecida como "Operação Clipe de Papel". Os cientistas não foram os únicos a deixar seu país de origem: o mesmo ocorreu com  vários líderes nazistas. Muitos deles sumiram, e nunca mais foram encontrados. É aí que começam as polêmicas e os mistérios.
Pouco tempo depois do fim da guerra, em 16 de julho de 1945 um grupo de cientistas americanos liderados por Robert Openheimer desenvolveu uma pesquisa numa região conhecida como "Zona da Morte", no estado do Novo México, Estados Unidos. Foi quando o Exército dos Estados Unidos detonou a primeira bomba atômica (bomba A). Aí surgiram perguntas consideradas como não respondidas satisfatoriamente até hoje: 

- Por que os cientistas alemães, que então demonstravam ser capazes dessas realizações, não desenvolveram essa tecnologia antes em seu próprio país?
- Como os americanos descobriram tão rapidamente o poder de destruição da bomba A?
Alguns pesquisadores do assunto dizem que cientistas americanos tiveram acesso a textos antigos que estavam em poder dos nazistas. Esses textos continham informações sobre armas nucleares e naves espaciais supostamente provenientes de outros planetas. Ficção científica? Talvez não. Historicamente, é conhecido o fato de que nazistas alemães já haviam encontrado e traduzido antigos textos da Índia que faziam referências a coisas que, vistas com os olhos de um leitor atual, podem ser interpretadas como "discos voadores" e outros artefatos de origem possivelmente alienígena.
Talvez essa interpretação não seja vista como fantasiosa ou exagerada se considerarmos as "coincidências" surgidas a partir de então. Em 20 de julho de 1969, astronautas americanos pisaram na superfície da Lua e caminharam sobre ela. Eles foram levados até lá pela Apollo 11, a quinta missão tripulada do Programa Apollo. "Apollo" é o nome, em inglês, do antigo deus greco-romano Apolo, o qual era venerado como o deus da beleza mas também representava "a luz da verdade". É isto apenas uma coincidência?
A nave Apollo 11 foi levada ao espaço pelo foguete Saturno 5, que foi lançado por um veículo de lançamento descartável (VLD). Isto também é só uma coincidência? 
Por que os projetos espaciais e nucleares idealizados por Hitler fracassaram na Alemanha mas obtiveram resultados positivos nos Estados Unidos, se os cientistas que trabalharam em ambos os casos foram os mesmos? O debate evolui, as polêmicas aumentam e fazem surgir novas perguntas como se as que ainda não obtiveram respostas não bastassem. 

(*) Na minha opinião, em qualquer guerra todos os países envolvidos são derrotados, não há vitoriosos.

Fontes:

  • Almanaque Abril - Mundo - edição ano 2001 - Editora Abril - São Paulo, SP
  • World Almanac - The World Almanac Publishers - Estados Unidos.