Feliz Natal!
Feliz 2016!

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

A Janela de Glenn Beck

Capa da edição brasileira
da obra de Glenn Beck.
 

Como Dan Brown 
em "O Código Da Vinci"
e "Ponto de Impacto",
Glenn Beck parace estar
tentando abrir os olhos do leitor
para algo real
através de uma história de suspense.





O autor.
A história começa com um homem usando um telefone público numa área remota, no deserto de Mojave, na Califórna, Estados Unidos. Ele conversa com uma mulher sobre uma "estrutura" misteriosa que ele mesmo descobriu, e durante a conversação é assassinado com um tiro. A partir daí, desenrola-se um enredo com um misto de personagens fictícios (ou talvez com nomes modificados) e organizações que realmente existem. Ente elas: o "Army of God" ("Exército de Deus"), um grupo que, segundo dizem, é formado por pessoas que se dizem cristãs que protestam contra o aborto de crianças mas promovem ataques terroristas; o Minutemen, grupo formado por milhares de voluntários civis norte americanos armados que se revesam na fronteira com o México; e outros.
A história é sobre uma conspiração contra os Estados Unidos, preparada há cem anos para ocorrer a qualquer momento, que pode ocorrer a qualquer momento, e que poderá mudar muitas coisas em todo o mundo. Nela, o autor faz perguntas diretas ao leitor de qualquer país: E se você de repente descobrisse que a escolha da roupa que você vestiu hoje pela manhã não foi exatamente sua? E se você descobrisse, repentinamente, que muito do que você sempre acreditou nunca passou de farsas? E se você descobrisse que sua "independência pessoal" nunca existiu e que seus atos sempre foram em obediência a um "comando externo" sem você desconfiar disto?
O fato de muitas coisas nessa história de ficção poder estar relacionado a fatos reais começa pelos dados a respeito do próprio autor. Gleen Beck é um dos mais mais conceituados jornalistas dos Estados Unidos, produz e apresenta programas jornalísticos sobre política (noticiários, debates, entrevistas), é comentarista político e autor vários "best sellers" com um milhão de livros já vendidos desde meados dos anos 1990. Alguns deles:
Ficção: 

  • "The Christmas Sweater" ("O Suéter de Natal"), 
  •  
  • (2010) "The Overton Window" ("A Janela de Overton"); 
  •  
  • (2011) "The Snow Angel" ("O Anjo de Neve"), em parceria com Nicole Baart; 
  •  
  • (2012) "Agenda 21".  A "Agenda 21" é um documento que foi elaborado durante a Eco 92, a conferência internacional sobre meio ambiente que ocorreu no Rio de Janeiro. É considerada como
  •  
     um instrumento para planeja a construção de sociedades sustentáveis, em diferentes bases geográficas, conciliando métodos de proteção ambiental, justiça social e eficiência econômica.
    Entre suas obras de não-ficção constam "The Real America" ("A Verdadeira América"), "The Original Argument" ("O Argumento Original"), "The Seven Wonders That Will Change Your Life" ("As Sete Maravilhas que Mudarão a Sua Vida"), etc. Destaca-se o que foi lançado no ano passado: "Cowards: What Politicians, Radicals, and the Media Refuse to Say" ("Covardes: O que Políticos, Radicais e a Mídia se Recusam a Dizer").
    Em "A Janela de Overton", apresentado como obra de ficção, o personagem principal se chama "Noah" - o mesmo nome de Noé, o personagem bíblico escolhido por Deus para escapar do Dilúvio com sua família. Para ser mais exato, é Noah Gardner, um executivo de relações públicas, filho de um grande empresário, que sempre esteve protegido dos problemas do mundo por seu pai até o dia em que, através de uma jovem ativista política, descobre que os Estados Unidos e o mundo tal como o conhecemos estão prestes a serem modificados. No segundo capítulo, durante uma reunião, seu pai, Allan Parker, alerta aos participantes - entre estes, um representante do governo norte americano - sobre algo que poderá modificar suas vidas, e relembra um fato ocorrido em 2004: o tsunami que causou grandes tragédias na Indonésia e em vários países do sul da Ásia. Realmente é uma obra de ficção? Um alerta sobre o que está por vir, e que de alguma poderá influenciar nas vidas de todos nós? 

    segunda-feira, 11 de novembro de 2013

    O que há de verdade por trás do "666"?

    "666" - quadro de William Blake.
    Muitas pessoas
    evitar falar, ler ou ouvir falar sobre este número,
    mas todos tem
    o direito de dizer o que pensam.








    Muitas pessoas se referem a ele como "o Número da Besta". O que nem todas estas pessoas sabem, neste caso, é que a palavra "besta" se refere a uma figura relatada no Apocalipse, o último livro da Bíblia cristã - ou seja, o último livro do Novo Testamento, cuja autoria é atribuída a João, discípulo de Jesus. No capítulo 13 do Apocalipse, consta que, quando João estava na ilha de Patmos, viu surgir do mar uma besta de sete cabeças e dez chifres, corpo semelhante ao de um leopardo, bocas como as dos leões e pés como os dos ursos. No texto, está relatado que, na visão de João, a besta interagia com um dragão enquanto surgia da terra outra besta de dois chifres, ainda mais poderosa do que a primeira. Acrescenta que esta segunda dizia algo ao dragão, e seus dois chifres eram como os de um cordeiro. 
    Os "significados" desses sinais são nada mais do que simples interpretações pessoais. São formas de sustentar, em muitos casos, acusações sem bases sólidas que possam ser consideradas como provas ou confirmações. É, em muitos casos, uma forma de combater tendências políticas. Alguns "evangélicos" - não necessariamente as igrejas, mas alguns de seus membros - vêem no dragão, por este ser vermelho, o ateísmo pregado por alguns líderes socialistas ou comunistas (mas nem todo defensor do comunismo ou do socialismo é ateu). Muitos dizem que a "besta negra" representa a Maçonaria por esta agir na sombra, aparecendo em toda parte mas de forma escondida. As "patas de ursos e as bocas de leões" são relacionadas por eles aos atuais veículos de comunicação social, que persuadem as pessoas a comprar coisas por meio de propagandas.
    Muitos católicos (não a Igreja Católica) afirmam que a besta citada no Apocalipse é o Império Romano, por ter sido um estado pagão. No entanto, foi em Roma que o cristianismo propriamente dito e a Igreja Católica começaram a existir. Devemos ainda destacar que até hoje o latim, idioma do Império Romano atualmente considerado como "língua morta", ainda é um dos idiomas oficiais no Vaticano, amplamente utilizado nas principais cerimônias.
    É preciso lembrar que a Maçonaria, que tem realizado grandes feitos em prol do acesso à cultura e ao conhecimento para todos, durante séculos teve que agir de forma escondida porque os maçons eram perseguidos e assassinados pela própria Igreja e por ordem desta, que via neles uma representação do fim de muitos privilégios dos quais o clero gozava social e politicamente.
    Quanto aos veículos de comunicação social - jornais, redes de televisão e rádio, etc. - devemos lembrar que tanto a Igreja Católica como muitas entre as demais igrejas que se dizem cristãs são proprietárias de alguns deles. No Brasil, a Igreja Católica tem a Rede Vida e a Rede Canção Nova, e as demais, além de terem redes de TV próprias, ocupam horários em outras com seus programas anunciando vendas de livros, CDs, DVDs e outros objetos através de suas próprias propagandas.
    A tradição cristã chama de "número da Besta" o número correspondente ao "sinal" ou "marca" da Besta. Há outras variantes, mas na maioria das vezes é citado como "666". Segundo estudiosos que afirmam ter encontrado este número em antigos manuscritos gregos - tanto em forma numérica grega como por extenso no idioma grego - na realidade era cópias de um protótipo originalmente escrito em hebraico. Porém, ha também especialistas que afirmam que não há confirmação que garanta que esse protótipo tenha sido original. De qualquer forma, a versão mais conhecida por nós é a que está na Bíblia atual:
    "...e faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal na mão direita ou na testa, para que ninguém possa comprar ou vender, a não ser aquele que tiver o sinal ou o nome da Besta, ou o número do seu nome. Aqui há sabedoria. Que aquele que possa entender calcule o número da Besta, pois é o número do homem, e esse número é seiscentos e sessenta e seis."

    Fontes:
    • Wikipedia
    • A Bíblia
    • "The World's Religions" - Lion Handbooks - UK (United Kingdon)

    quinta-feira, 7 de novembro de 2013

    O Misterioso Assassinato de Karl Brugger - 3ª Parte

    A morte de Roldão Pires Brandão
    também foi queima de arquivo?
    Ainda hoje 
    suspeita-se que 
    a morte de Roldão Pires Brandão
    tenha relação
    com o assassinato 
    de Karl Brugger. 






    Como foi dito no artigo anterior, o suiço Erich von Däniken, autor do já então best seller "Eram os Deuses Astronautas?", veio ao Brasil e também teve um encontro com Tatunka Nara em Manaus, e que este lhe contou sobre a existência de um misterioso "objeto cantante" em Akahim. Foi então organizada uma expedição a Akahim com a participação do arqueólogo brasileiro Roldão Pires Brandão, já então famoso por suas pesquisas sobre civilizações desparecidas. Num encontro científico em Chicago (Estados Unidos) em 1978, von Däniken disse que o objetivo da expedição era encontrar o tal objeto, mas pouco tempo depois uma edição da revista "Ancient Skies" revelou que von Däniken mencionou problemas criados por Roldão, e que este foi morto pelo disparo de uma bala de sua própria arma. Logo surgiu a versão de que a morte do arqueólogo brasileiro teria ocorrido acidentalmente por causa de um manuseio indevido de sua própria arma. O fato é que a morte de Roldão fez com que a equipe retornasse a Manaus antes de cheegar a Akahim.
    Erich von Däniken contou à revista que eles subiram o rio Negro e entraram num afluente do rio Amazonas até um ponto em que foram obrigados a abandonar o barco e seguir a pé porque a região era montanhosa. O suíço disse que foi no sopé de uma das montanhas que a morte de Roldão ocorreu. No entanto, no mesmo comunicado, von Däniken fez questão de deixar claro que o brasileiro se feriu intencionalmente para forçar o retorno da expedição.
    Von Däniken disse que tinha a intenção de organizar uma nova expedição a Akahim com Tatunka Nara entre abril e maio de 1979 por este período ser anualmente o de chuvas suficientes para permitir que as ruínas das três cidades fossem encontradas. Entretanto os planos tiveram que ser modificados, pois Tatunka Nara não concordou em ser guia do grupo. Na mesma ocasião, houve rumores de que um grupo de ingleses estava pretendendo chegar às ruínas vindo da Venezuela. Soube-se então que, pouco tempo antes de sua morte, Roldão havia revelado à imprensa que encontrara as misteriosas pirâmides amazônicas antes reveladas por Karl Brugger. Na época aviões especialmente fretados sobrevoaram várias vezes a região do alto rio Negro. No dia 1° de março de 1979, uma edição da revista Veja trouxe uma reportagem de cinco páginas mostrando estruturas em forma de pirâmides cobertas por vegetação. Até hoje, há quem diga que aquelas formações eram apenas morros, mas, para muitos, as mortes de Karl Brugger e Roldão Pires Brandão ainda não estão devidamente explicadas. 

    terça-feira, 5 de novembro de 2013

    O Misterioso Assassinato de Karl Brugger - 2ª Parte

    Erich von Däniken
    Tatunka Nara 
    relatou a Erich vom Däniken 
    sobre um misterioso
    "objeto cantante"
    trazido por "deuses vindos do céu".




    Como eu disse no artigo anterior, Erich von Däniken tomou conhecimento do caso através do mesmo piloto que o havia contado a Karl Brugger. Em 1977, von Däniken encontrou Tatunka Nara em Manaus, e este lhe revelou que havia na região, além da cidade de Akakor, outras duas: Akahim e Akanis. Contou-lhe que em Akahim existia um objeto muito antigo, entregues aos sacerdotes Mogulalas por "deuses vindos do céu". Ainda segundo o mestiço, de acordo com as tradições indígenas, esse objeto começaria a "cantar" quando os "deuses" estivessem para retornar.
    Erich von Däniken encarregou Ferdinand de acompanhar Tatunka Nara até Akahin a obter esse objeto cantante a qualquer custo. Foi organizada uma expedição com um barco a motor, armas e remédios, da qual participou o arqueólogo brasileiro Roldão Pires Brandão. 
    Em julho de 1978, realizou-se em Chicago, nos Estados Unidos, a quinta reunião da Ancient Astronauts Society ("Sociedade sobre Astronautas Antigos"). Von Däniken participou o evento, e na ocasião relatou os fatos aqui citados. Ele disse aos demais participantes que esperava que a expedição obtivesse sucesso e trouxesse o tão aguardado objeto que comprovaria que houve no passados um contato ente os índios locais e extraterrestres. Porém, misteriosamente, Roldão foi atingido por uma bala de sua própria arma. Isto fez com que a expedição retornasse para Manaus quando já estava a apenas dois dias de distância de Akahim. Fica no ar a pergunta: foi mais uma "queima de arquivo"?
    O caso continuará a ser o tema na próxima postagem.

    segunda-feira, 4 de novembro de 2013

    O Misterioso Assassinato de Karl Brugger

    Supõe-se que o que Karl Brugger sabia sobre Akakor
    incomodava certas pessoas. 
    O jornalista alemão
    assassinado no Brasil 
    havia revelado fatos 
    que nenhum brasileiro
    quis publicar.




    Até hoje o crime ocorrido na cidade do Rio de Janeiro em 3 de janeiro de 1984 está tão envolto em mistérios quanto a principal causa que lhe é atribuída: a cidade perdida de Akakor, que teria existido na Amazônia brasileira, mais exatamente na região de fronteira entre o Brasil, a Bolívia e o Peru. O assassinato ocorreu em plena luz do dia, numa rua do centro da cidade: um homem simplesmente se aproximou do jornalista, disparou um tiro e fugiu correndo em meio à multidão assustada. Tudo leva a crer que se trata de uma "queima de arquivo".
    De fato, a vítima, o jornalista alemão Karl Brugger sabia a respeito de assuntos tidos como "notoriamente proibidos", como disse o arqueólogo e antropólogo brasileiro Aurélio M. G. de Abreu em seu livro "Reinos Desaparecidos e Povos Condenados". Realmente Brugger foi o autor de "As Crônicas de Akakor", livro que se tornou um dos mais vendidos nos Estados Unidos e na Alemanha, mas que  nenhuma editora brasileira quis publicar.
    O livro continha narrativas baseadas em lendas e tradições existentes na Amazônia sobre Akakor, a cidade de uma suposta civilização desaparecida antes de 1500. O que se sabe dessa história é que em 1971, numa rua de Manaus (AM), um piloto da Swissair, Ferdinand Schmidt, conversava em alemão com outro membro da tripulação quando foi abordado por um homem esfarrapado que, em alemão, pediu que lhe pagasse uma refeição. O aviador ficou surpreso ao perceber que o nativo soubesse falar alemão tão bem, mas este lhe explicou que sua mãe era uma índia e seu pai era um alemão. Este homem é outro que se tornaria mais um personagem envolto em mistérios até hoje: seu nome verdadeiro é Hans Guenther Hauck, nascido em 5 de outubro de 1941, mas é mais conhecido como Tatunka Nara, e trabalha como guia para visitantes na floresta.
    Tatunka Nara
    O mestiço disse ao piloto que vivia como índio, na tribo Ugha Mogulala, e que entre 1939 e 1941 - o auge da Segunda Guerra Mundial - esses índios receberam em suas aldeias cerca de 2 mil soldados alemães enviados por Adolf Hitler, que pretendia invadir o Brasil transportando armas e diversos equipamentos. Tatunka Nara disse que os soldados nazistas permaneceram na região até o início de 1945, ano em que a guerra terminou. Ele disse que alguns soldados voltaram para a Alemanha, mas também alguns permaneceram convivendo com os índios.
    Após voltar para a Alemanha, o piloto da Swissair contou esta história ao jornalista Karl Brugger, conhecido como especialista em temas considerados "fantásticos". Pouco tempo depois, Brugger veio para o Brasil e, sem dificuldades, encontrou Tatunka Nara em Manaus. O mestiço lhe repetiu as mesmas informações que havia dado ao piloto e o jornalista as gravou. Em 1972, Brugger e Tatunka Nara foram para o interior da floresta para encontrar aquilo que ele suspeitava que Hitler acreditava existir na região e por isto queria invadi-la: a cidade perdida de Akakor. Ao voltar a Manaus, o jornalista se manteve reticente sobre os resultados dessa viagem, mas em 1976 surgiu na Alemanha a primeira versão de seu livro, "Die Chronik von Akakor" ("As Crônicas de Akakor"), no qual ele narrava a chegada do contingente nazista ao Brasil e a relação dos soldados com os índios Ughla Mogulala. Logo após o lançamento da edição alemã surgiu nos Estados Unidos a edição em inglês com o título "The Chronicles of Akakor". Com o sucesso de vendas de ambas as edições, muitos foram os grupos de cientistas e aventureiros em busca da "cidade perdida" na Amazônia Brasileira. Em 1974, o suiço Erich von Däniken, que se tornou mundialmente famoso pelo seu livro "Eram os Deuses Astronautas?", também veio ao Brasil para encontrar Tatunka Nara e as ruínas da "cidade perdida", e ouviu do mestiço uma narrativa a respeito de um misterioso "objeto cantante". Isto é o que será abordado na segunda parte desta série de artigos sobre o crime que ficou conhecido como o Caso Karl Brugger.

    Fontes: 
    • Wikipedia
    • "Reinos Perdidos, Povos Desaparecidos", de Aurélio M. G. de Abreu - Editora Hemus - São Paulo, SP (Brasil).
    Ilustrações: Arquivo Google

    segunda-feira, 28 de outubro de 2013

    A Maçonaria e suas influências na Independência do Brasil


    Um resumo
    A pirâmide com o olho em seu topo ou acima dela,
    a letra G e o número 7
    são símbolos de várias organizações secretas ou discretas
    (veja qual é a diferença entre elas no artigo
    "Do Priorado de Sião à Maçonaria atual").
    Também aparecem em muitos códigos,
    são citados em quase toa a Bíblia,
    em vários mitos e em várias religiões.  
    da história da Maçonaria - de sua origem até a independência do Brasil.








    A mensagem em latim contem 29 letras.
    Ou seja: o número 7 três vezes. 





















    A origem da letra G está relacionada à da letra C. Os fenícios a chamavam de "gimel", e a usavam tanto para representar os sons do C como os do próprio G. Ao ser adotado pelos gregos, o G passou a se chamar "gama" e continuou sendo mantido como a terceira letra do alfabeto - precedido por "alfa" e "beta", que originaram os nossos A e B. Mais tarde, assumiu o significado de sons próprios quando o C se manteve como a terceira letra e o G - que antes tinha a mesma forma do C - adquiriu a forma que tem hoje no nosso alfabeto, passando a ser a sétima letra. A partir daí o C passou a ter o mesmo som do K em algumas palavras e de S em outras, como acontece, na língua portuguesa, nas palavras "carro" e "cebola". Na Grécia, o "gama", representado com forma "C" recebeu um pequeno traço que lhe deu a forma que tem até hoje: G. Isto ajudou a definir os sons que essa letra tem ainda hoje, gutural como em certas palavras da língua portuguesa ("ganhar", "garoto", "gula", etc.) e palatal em outras ("gênio", "girafa", etc.).

    A Maçonaria e sua influência nas independências dos países americanos
    - especialmente Estados Unidos e Brasil -

    A letra G se tornou um dos símbolos da Maçonaria e de várias outras entidades secretas e discretas existentes em todo o mundo. Certamente isto tem uma relação com o 7, já que o G é a sétima letra do alfabeto. No Brasil, a Maçonaria teve influência decisiva no processo de independência em relação a Portugal. A data, 7 de setembro de 1822, já tem o número 7 representando o dia do fato. O mês de setembro tem este nome porque antigamente era de fato o sétimo mês do ano.
    A concretização das independências dos Estados Unidos e do Brasil já estava sendo traçada praticamente desde o avanço da Maçonaria pela Europa. Muitas pessoas perguntam o que uma coisa tem a ver com a outra, mas não é tão difícil seguir a trilha da história passo a passo. Não é uma sociedade secreta, é uma sociedade discreta. 
    Numa sociedade secreta, os iniciados tem acesso a certos conhecimentos que, segundo seus membros, não devem ser compartilhados publicamente porque os não iniciados não seriam capazes de compreendê-los corretamente. Numa sociedade discreta (Maçonaria, Rosa-Cruz, entre outras), é aceita a afiliação de todos os cidadãos comprovadamente de bons costumes, quaisquer que sejam suas raças, nacionalidades, credos, tendências políticas ou filosóficas. Não são aceitos os adeptos do comunismo teotérico por se considerar que estes negam às pessoas o direito à liberdade individual da auto-determinação. É chamada "sociedade discreta" por realizar ações filantrópicas e outras de interesse público, porém sem divulgar essas realizações por considerar um princípio básico: se você faz um bem, não há necessidade do que você faz se tornar de conhecimento público.
    O nome "Maçonaria" vem da palavra francesa "maçonnerrie", que, dependendo do contexto em que é inserida mesmo em francês, pode significar "pedreira", "alvenaria" ou "construção". No caso da confraria, o sentido é de "construção", pois cada maçom tem a função de ser auxiliar do "Grande Arquiteto" (Deus) na continuidade da construção do mundo e de todo o Universo - que, por não ter limites, não pára de ser construído.
    Vários autores informam que a história da Maçonaria começou na Idade Média. Outros apresentam indícios, segundo eles, de que a origem da Maçonaria é muito mais antiga, remontando a um período chamado "Pré-Maçonaria" ou "Maçonaria Primitiva". Esse período abrange todo o conhecimento herdado do passado mais remoto da História da Humanidade até o início da Maçonaria Operativa. Este, sim, é o período que marca a origem iniciática da fraternidade, e que por sua vez deu origem à Maçonaria moderna,  que começou no período da Idade Média em que se iniciaram as construções de igrejas e catedrais na Europa.
    Por falta de conhecimento mais profundo, muitos leigos até hoje relacionam a Maçonaria a coisas como ocultismo, magia e outras crendices. Isto demonstra total desconhecimento do sistema filosófico e doutrinário da confraria, que não é totalmente secreto: grande parte desse sistema é disponibilizado ao conhecimento público. Sabe-se, por exemplo, que a Maçonaria adota princípios como os das Guildas, de Compagnonnage e de Steinmetzen.
    As Guildas eram associações criadas na Inglaterra durante o século XII para regulamentar o processo produtivo artesanal em cidades com mais de 10 mim habitantes. Elas estabeleciam uma hierarquia em cuja base estavam os aprendizes, acima destes os "oficiais" (que hoje chamaríamos de "auxiliares de instrução") e, no ápice, os mestres. Em outras palavras: as Guildas eram o que hoje, em debates sobre temas empresariais, chamamos de "corporações de ofício
    ", que visam a qualificação de funcionários. "Compagnonnage" e "Steinnetzen" eram respectivamente como as Guildas eram chamadas respectivamente na França e na Alemanha.
    Você ainda deve estar se perguntando o que isto tudo tem a ver com as independências dos Estados Unidos e do Brasil. Calma! Lembre-se que eu disse que a trilha da História deve ser seguida passo a passo porque os detalhes são importantes para o melhor entendimento. A Maçonaria dos dias atuais teve início em 1717, unindo os princípios da Maçonaria Operativa com alguns elementos fundamentais do pensamento iluminista. Ao mesmo tempo, não perdeu seus vínculos com suas origens desde a criação da Ordem dos Cavaleiros Templários (ver 
    http://teoconspi.blogspot.com.br/2012/11/o-santo-graal-nas-teorias-de-conspiracao.html). Desde aquela época, os Templários, ferrenhos defensores dos direitos do povo aos conhecimentos através das ciências e das artes, passaram a ser também ferrenhamente perseguidos pela Igreja, que se colocava como representante de Deus perante o mundo e como sendo ela mesma o  próprio Centro do Universo. Essa condição fazia com que os representantes da Igreja gozassem de muitos privilégios políticos e sociais que eles não queriam perder. Portanto, o clero via nas ações dos Templários o rico de perderem seu domínio sobre o povo. Assim, a Igreja passou a perseguir, matar e mandar matar qualquer pessoa que ousasse desobedecer às determinações da própria Igreja, especialmente os Templários - e depois os maçons.
    Apesar das perseguições, das muitas torturas e mortes a plicadas a muitos muitos maçons pela Igreja e por governantes, os maçons seguiram em frente. A Maçonaria cresceu e se desenvolveu rapidamente por toda a Europa, chegando em Portugal quando o país era governado pelo rei D. José I. Porém, em 1717, após a posse da rainha D. Maria I, a Maçonaria sofreu grande perseguição em Portugal, tendo sido banida e proibida no país e em suas colônias, entre as quais se encontrava o Brasil. Mas o que ocorreu em Portugal não ocorreu em toda a Europa, de modo que a confraria ainda encontrou forças para se reerguer, inclusive nas colônias das nações europeias nas Américas.
    A maioria das independências ocorridas no continente americano a partir do século XVII se deu pro influência da Maçonaria. Isto porque nessas colônias já se haviam estabelecido as Grandes Lojas, das quais participavam membros que haviam estudado em universidades europeias, principalmente francesas. Isto certamente não foi uma simples coincidência, considerando que os principais líderes da Ordem dos Templários eram franceses, e que o cerne da Ordem, quando esta começou, era intimamente relacionada aos Merovíngios, e que estes eram membros de uma dinastia que governou a antiga Gália do século V ao século VIII. A Gália era uma região da qual fazia parte do território ocupado pela atual França. Os Merovíngios governavam os francos, povo de origem germânica que fundou a França. Isto também nos facilita entender por que todas as independências ocorridas na América a partir do século VII teve como base a Revolução Francesa, que tinha como princípios a liberdade, os direitos iguais para todos e a fraternidade - exatamente os mesmos pregados pela Maçonaria. Antes dessas independências ocorrerem, houve em Londres um encontro chamado Grande Reunião Americana (apesar de ter ocorrido na Inglaterra, um país europeu) do qual participaram Simón Bolívar, José de San Martin e Bernardo O'Higgins Riquelme. Pouco tempo depois, Bolívar se tornou o líder dos movimentos de independência do Chile, da Bolívia (que tem este nome em sua homenagem), da Venezuela, do Equador e do Peru. San Martín foi um militar argentino que participou dos processos de independência da Argentina, do Chile e do Peru. O militar chileno O'Higgins libertou o Chile e se tornou o primeiro chefe de Estado do país.
    Todos os libertadores das colônias europeias na América eram maçons. George Washington era um deles. Ele liderou o Exército Continental durante a Revolução Americana que culminou com a independência dos Estados Unidos no dia 4 de outubro de julho de 1776. Foi também ele quem presidiu a convenção que elaborou a Constituição Federal dos Estados Unidos e se tornou o primeiro presidente do país.
    No Brasil, o processo foi bem mais longo. Após a "descoberta" em 1500, o país foi extremamento explorado pelo governo de Portugal. Suas principais riquezas naturais (ouro, pau brasil, diamantes, etc.) enriqueciam os tesouros portugueses enquanto na colônia o povo permanecia subjugado a condições precárias. Vários movimentos contra isto tiveram forte influência da Maçonaria: a Conjuração Baiana (em 1798, pela loja Cavalheiros da Luz), a Revolução Pernambucana (em 1817), e o mais famoso: a Inconfidência Mineira, que teve como líder o alferes Joaquim José da Silva Xavier ("Tiradentes"), que era Maçom e que foi enforcado e esquartejado após ter sido detido. Várias "coincidências" que a história oficial não enfatiza como deveria estão relacionadas à Inconfidência Mineira. A principal delas: o movimento eclodiu em Minas Gerais, um território riquíssimo em jazidas de ouro e pedras preciosas, exatamente no auge do período conhecido como "ciclo do ouro". Observa-se claramente um dos mais conhecidos símbolos maçônicos estampado na bandeira do estado de Minas Gerais: as palavras em latim ("Liberdade, embora tardia.") em torno do triângulo, que é uma das facas da pirâmide.
    O triângulo e as palavras em latim
    na bandeira de Minas Gerais,
    que foi elaborada
    participantes da inconfidência.
    O processo de independência do Brasil se acelerou com a chegada da Família Real em 1808. Dom João XVI, que assumiu sua condição de representante da Coroa Portuguesa como Príncipe Regente, elevou o Brasil a "Reino Unido de Portugal e Algarves" em 1815. Isto fez o Brasil sair de sua condição de colônia e trouxe avanços culturais, financeiros e comerciais, mas ainda não o tornou um país independente. Portugal estava em franca decadência econômica, e a Coroa Portuguesa passou a fazer certas exigências a D. João. Este, para evitar a perda de seu cargo, retornou a Portugal em abril de 1821, deixando como Príncipe Regente no Brasil seu filho, D. Pedro. O então jovem e inexperiente D. Pedro logo se viu rodeado de uma elite de Maçons. Preocupado com a situação no Brasil, o governo de Portugal baixou dois decretos fazendo o Brasil voltar a ser colônia e exigindo a ida imediata de D. Pedro para Portugal.
    No dia 24 de dezembro de 1821, D. Pedro fez um pronunciamento redigido por seu tutor, o líder da Maçonaria no Brasil, José Bonifácio de Andrada e Silva. Em 9 de janeiro de 1822, houve no Rio de Janeiro um encontro de líderes maçons do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. O então presidente do Senado, o maçom José Clemente Pereira, fez um discurso contundente exigindo que D. Pedro ficasse no Brasil, e o Príncipe Regente imediatamente acatou tal exigência: "Diga ao povo que fico." Os movimentos se sucederam até o dia 7 de Setembro de 1822, quando finalmente houve a Proclamação da Independência do Brasil.

    Fontes: 

    quarta-feira, 16 de outubro de 2013

    A Operação Clipe de Papel

    Foto: Wikipedia
    Já se passaram 67 anos,
    mas o caso continua
    gerando polêmica
    e envolto em mistérios. 






    "Alemanha Nazista" ("Terceiro Reich") é o nome que se dá ao período do governo que se dá ao período do governo na Alemanha de 1933 a 1945 sob a liderança de Adolf Hitler, que presidia o Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães. Em alemão, o nome do partido era Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei (NSDAP). "Nazista" é uma forma reduzida, em português, de "Nationalsozialistische" ("Socialismo Nacional"). No Brasil, o partido se tornou mais conhecido como "Partido Nazista" ou "Partido Nazista Alemão". 
    Hitler (1889-1945) se tornou chanceler e ditador alemão conhecido por suas teses racistas e principalmente anti-semitas. Documentos apresentados durante o Julgamento de Nuremberg indicam que judeus, testemunhas de Jeová, deficientes físicos, homossexuais, eslavos, poloneses, homossexuais e deficientes mentais foram perseguidos e mortos por ordem de Hitler durante o período historicamente conhecido como "Holocausto". Esta foi uma das principais causas do maior conflito armado do século XX, a Segunda Guerra Mundial. A Alemanha, a Itália governada pelo regime fascista de Benito Mussolini e o Japão governado pelo imperador Hiroito, formavam o grupo que ficou conhecido como "o Eixo", que foi derrotado pela intervenção dos Países Aliados (ou "Forças Aliadas"), grupo liderado pelos Estados Unidos, do qual o Brasil fez parte através das ações da Força Expedicionária Brasileira (FEB).
    A guerra acarretou as mortes de aproximadamente 70 milhões de pessoas e terminou em 1945 com o Eixo sendo derrotado (*). Com isto, muitos cientistas alemães que antes atuavam em seu próprio país foram viver e trabalhar em outros países, principalmente nos Estados Unidos. Um dos que mais se destacaram nos Estados Unidos foi Werner von Braun. 
    O foguete Saturno 5
    - que levou ao espaço a nave Apollo 11,
    que levou os primeiros astronautas a pisarem na Lua,
    em 1969 -
    sendo lançado por um VLD.

    (Foto: Wikipedia)
    Wernet Magnus Maximiliam von Braun (1912-1977) era um cientista especializado em engenharia que se destacou por suas atividades em desenvolvimento de foguetes. Nos Estados Unidos, foi um dos principais responsáveis pelos avanços tecnológicos para a realização de viagens espaciais. Foi o líder do projeto que resultou na realização do Aggregat 4, o primeiro foguete de grande porte movido a combustível líquido do mundo. Também teve importante participação nas criação de veículos lançadores - ou "veículos de lançamento descartável" (VLD) - das missões da NASA (National Aeronautics and Space Administration – Administração Nacional da Aeronáutica e do Espaço).
    Essa mudança dos cientistas alemães para os Estados Unidos ficou conhecida como "Operação Clipe de Papel". Os cientistas não foram os únicos a deixar seu país de origem: o mesmo ocorreu com  vários líderes nazistas. Muitos deles sumiram, e nunca mais foram encontrados. É aí que começam as polêmicas e os mistérios.
    Pouco tempo depois do fim da guerra, em 16 de julho de 1945 um grupo de cientistas americanos liderados por Robert Openheimer desenvolveu uma pesquisa numa região conhecida como "Zona da Morte", no estado do Novo México, Estados Unidos. Foi quando o Exército dos Estados Unidos detonou a primeira bomba atômica (bomba A). Aí surgiram perguntas consideradas como não respondidas satisfatoriamente até hoje: 

    - Por que os cientistas alemães, que então demonstravam ser capazes dessas realizações, não desenvolveram essa tecnologia antes em seu próprio país?
    - Como os americanos descobriram tão rapidamente o poder de destruição da bomba A?
    Alguns pesquisadores do assunto dizem que cientistas americanos tiveram acesso a textos antigos que estavam em poder dos nazistas. Esses textos continham informações sobre armas nucleares e naves espaciais supostamente provenientes de outros planetas. Ficção científica? Talvez não. Historicamente, é conhecido o fato de que nazistas alemães já haviam encontrado e traduzido antigos textos da Índia que faziam referências a coisas que, vistas com os olhos de um leitor atual, podem ser interpretadas como "discos voadores" e outros artefatos de origem possivelmente alienígena.
    Talvez essa interpretação não seja vista como fantasiosa ou exagerada se considerarmos as "coincidências" surgidas a partir de então. Em 20 de julho de 1969, astronautas americanos pisaram na superfície da Lua e caminharam sobre ela. Eles foram levados até lá pela Apollo 11, a quinta missão tripulada do Programa Apollo. "Apollo" é o nome, em inglês, do antigo deus greco-romano Apolo, o qual era venerado como o deus da beleza mas também representava "a luz da verdade". É isto apenas uma coincidência?
    A nave Apollo 11 foi levada ao espaço pelo foguete Saturno 5, que foi lançado por um veículo de lançamento descartável (VLD). Isto também é só uma coincidência? 
    Por que os projetos espaciais e nucleares idealizados por Hitler fracassaram na Alemanha mas obtiveram resultados positivos nos Estados Unidos, se os cientistas que trabalharam em ambos os casos foram os mesmos? O debate evolui, as polêmicas aumentam e fazem surgir novas perguntas como se as que ainda não obtiveram respostas não bastassem. 

    (*) Na minha opinião, em qualquer guerra todos os países envolvidos são derrotados, não há vitoriosos.

    Fontes:

    • Almanaque Abril - Mundo - edição ano 2001 - Editora Abril - São Paulo, SP
    • World Almanac - The World Almanac Publishers - Estados Unidos.


    terça-feira, 17 de setembro de 2013

    Krischke diz: Documentos Fortalecem Hipótese de Assassinato de Jango.



    O pesquisador garante
    que não faltava
    contexto histórico
    para assassinarem "Jango".





    O corpo do ex-presidente do Brasil, João Goulart ("Jango"), será levado para Brasília, onde será estudado por dois meses. Segundo o pesquisador Jair Krischke, há documentos do extinto Serviço Nacional de Inteligência (SNI) e um contexto histórico que reforçam a possibilidade dele ter sido assassinado. Estão sendo aguardados os últimos detalhes para a investigação, os quais o governo brasileiro deverá acertar ainda hoje.
    A suspeita é objeto de um estudo que deverá ocorrer durante os próximos dois meses. João Goulart foi vice-presidente do Brasil de 1956 a 1961, período em que o país foi governado por Juscelino Kubitschek, e presidente de 1961 a 1964, quando ocorreu o golpe militar. Sua morte ocorreu em 6 de dezembro de 1976, em Mercedes. A suspeita é de que a morte não tenha sido causada por uma simples enfermidade como garante o atestado de óbito lavrado naquela cidade na Argentina.
    As provas materiais serão colhidas através da exumação dos restos mortais, mas o historiador Jair Krischke garante que documentos do SNI revelam preocupação dos militares com um possível retorno durante a década de 1970, de presidentes latino-americanos depostos durante a de 1960 - inclusive "Jango", que foi deposto pelo golpe militar de 31 de março de 1964.
    "Jango" viveu como exilado no Uruguai e na Argentina durante 12 anos. A versão "oficial" diz que o ex-presidente brasileiro morreu  por causa de medicamentos recomendados por um médico francês. Ele teria tomado os remédios antes de dormir, e isto lhe teria causado uma taquicardia durante a madrugada. Porém, não foi feita autópsia alguma para confirmar essa versão e nunca houve comprovação de que esses remédios foram mesmo receitados.
    A exumação será realizada com a participação de representantes da Comissão Nacional da Verdade (CNV), da Secretaria de Direitos Humanos (SDH) da Presidência da República, da Polícia Federal e do Ministério Público Federal (MPF). A Secretária Especial de Direitos Humanos, Maria do Rosário, disse que o governo também prestará as homenagens de Chefe-de-Estado a Jango antes do corpo retornar à cidade onde foi sepultado (São Borja, onde ele nasceu, no Rio Grande do Sul).

    terça-feira, 10 de setembro de 2013

    A Ditadura do Silêncio - Uma História de Milênios

    - "Uma imagem vale mais que mil palavras."
    - "Temos dois ouvidos e uma boca

    para ouvir mais e falar menos." 
    Frases como estas
    parecem conselhos,
    mas elas vem como imposições.





    São frases que, embora ditas como se fossem conselhos, são imposições, porque se você não seguir o conselho, passa a ser interpretado como uma pessoa rebelde, mal educada ou inconfiável, ou as três coisas ao mesmo tempo. Algumas pessoas dizem que você até pode falar, mas "no momento mais adequado". Na verdade, porém, o objetivo, proposital ou não, é impedir você de usar o seu direito de dizer o que você pensa e no momento em que você mesmo achar que deve dizer. 
    Há quem diga que "o silêncio vale ouro". Outros, reforçando ainda mais a imposição do silêncio, dizem que "o silêncio vale ouro e a palavra vale prata" para reforçar a ideia de que a palavra tem menos valor do que o silêncio. Outros ainda dizem que o que você disser pode constranger alguém. Porém, se o que você disser for sincero, é melhor você correr o risco de constranger alguém do que ser falso ou omisso. No fundo, tudo isto não passa de uma forma disfarçadamente "gentil" de lhe dizer: "Cale-se!"
    A palavra "silêncio" vem da palavra latina "silentium", que significava a interrupção de um ruído ou o estado de quem permanecia calado. Desde o início das civilizações, o silêncio sempre foi imposto como um importante elemento cultural, porém com um forte indício de que o objetivo sempre foi forçar para que as pessoas não exprimissem suas opiniões ou o que sabiam. Sempre foi uma excelente forma de proteger os corruptos e os injustos. A comprovação disto está nas imagens de deuses e divindades das mais diversas religiões, como as mostradas na ilustração acima: imagens indiana, asteca, egípcia, assíria e grega com o gesto conhecido mundialmente desde a Antiguidade, com o dedo indicador diante dos lábios, ordenando silêncio. 
    Era como se os "deuses" estivessem dizendo "cale-se", e poucos eram os seguidores com coragem de desafiar os deuses - uma posição muito cômoda para os sacerdotes, que gozavam de privilégios políticos e sociais. Os essênios - uma das mais antigas classes judaicas que influenciaram fortemente a política em Israel, como mostra o Velho Testamento - usavam como símbolos duas figuras triangulares: uma com olhos e outra com ouvidos, mas ambas sem a boca, como se dissessem "vocês podem ver e ouvir, mas não podem falar". Numa de suas "Epístolas", no Novo Testamento, Paulo determinou que, durante as cerimônias nos templos, as mulheres podiam participar mas não podiam falar, e que se quisessem entender algo, deveriam perguntar aos seus maridos em casa. Essa proibição sugerida por Paulo acentua o objetivo de manter as mulheres sob submissão imposta pelos homens.
    Ainda hoje, imagens mostrando crianças e adultos "pedindo" silêncio são comuns. A imagem da criança cria um aspecto de inocência, tentando convencer a pessoa a permanecer calada segundo sua sensibilidade. A imagem de um adulto com o mesmo gesto da criança já confirma uma ordem, mesmo quando esta vem de uma mulher, como mostra a ilustração acima.
    Existe um termo aplicado para designar um modo breve de falar e e de escrever: "laconismo". A pessoa que pratica o laconismo é chamada "lacônica". Essas duas palavras são oriundas do nome de uma região da antiga Grécia, a Lacônia. Nela se situava a cidade-Estado de Esparta, onde os habitantes viviam sob um regime de ditadura tão ferrenho que eram obrigados, desde a infância, a falar o menos possível pra preservar segredos de Estado. A História registra que, ao fim da Guerra do Peloponeso, entre Esparta e Atenas, quando os espartanos derrotaram os atenienses, eles ordenaram aos atenienses que o Pireu e as longas muralhas fossem destruídas e que, se os habitantes de Atenas permanecessem em silêncio, lhes seria permitido viver em paz. Mais uma vez, eis aí a comprovação de que os conselhos sobre "ouvir mais e falar menos" tem suas origens em regimes de ditadura. 
    Ainda hoje é fácil perceber que o ato de falar menos e ouvir mais é, com frequência, reforçado através de "conselhos" que você pode seguir ou não, mas se não seguir, quem lhe aconselha começa a fazer, ainda de maneira aparentemente "gentil", com que você seja visto(a) por outras pessoas como uma pessoa mal educada e inconveniente. Destaquei a palavra "inconveniente" porque você deve notar, numa palestra, num congresso ou numa conferência, por exemplo, que o palestrante ou conferencista insiste em dizer que você deve ouvir cada vez mais e falar cada vez menos, mas ele domina todo o evento falando muito e fazendo as pessoas ouvirem tudo que ele quer dizer. As pessoas presentes poderão fazer perguntas, mas somente depois que o palestrante ou conferencista terminar sua explanação para não perde o fio da meada. Porém, o tempo fica mais curto e insuficiente para que ele possa responder a todas as perguntas - o que é desfavorável aos que permaneceram sem respostas, mas muito favorável a ele, que desta forma conseguiu se livrar da obrigação de responder.   

    Fontes:

    • Enciclopédia Conhecer - Série Verde - Vol. II - Editora Abril - São Paulo - SP.
    • "The World's Religions", de vários autores - Lion Handbooks Publichers - Londres, Inglaterra.

    sexta-feira, 19 de julho de 2013

    Códigos em letras e números... ou só coincidências?

    Não acredito em "ciências ocultas" ou coisas semelhantes. Entretanto, ao pesquisar um pouco mais sobre esta máscara e sobre o grupo que utiliza a internet sob nome de "Anonymous", e buscando conhecer um pouco mais sobre o que dizem os numerologistas e os versados em cabala, encontrei muitas coincidências dignas de nota. Após ter adquirido alguns anos de experiência profissionalmente estudando e pesquisando sobre símbolos (marcas, logomarcas, logotipos, slogans, etc.) e avaliando o que dizem a Bíblia e alguns sites sobre os números como símbolos, observei o seguinte:
    O "Anonymous" é um grupo internacional que se autodefine como "legião". Segundo a Wikipedia, o grupo surgiu em 2003 como um conceito de muitos usuários de comunidades online que atual como um "cérebro global". O termo "anonymous" ("anônimos" em inglês) é também usado por pessoas que queiram postar comentários em blogs e sites sem serem identificadas. A Wikipedia diz também que a partir de 2008, o grupo se tornou cada vez mais associado a uma atividade chamada "hacktivismo", que é a junção das palavras "hack" e "ativismo". "Hack" é um termo em inglês para alteração em programas de computadores com o objetivo de invadir armamentos de memórias em computadores alheios. O hacktivismo inclui atos como escrever códigos fontes, manipular bits, etc.
    Um código fonte é um conjunto de palavras e/ou símbolos dispostos para formar instruções em linguagem de programação de computador de maneira lógica. A linguagem de programação é um método para comunicar ao computador instruções para definir um programa. Desta forma, é possível que o programador determine os dados sobre os quais o computador atuará, como esses dados serão armazenados ou transmitidos e as ações que devem ser realizadas em certas situações.
    A palavra "Anonymous" tem nove letras. A máscara que o grupo usa como seu símbolo é uma imitação daquela do personagem principal da série em quadrinhos e do filme "'V' de Vingança", cujo título original em inglês é "'V' for Vendetta". Há informações de que para criar a máscara, os criadores do personagem se basearam na fisionomia, vista em várias ilustrações, de Guy Fawkes, cujo nome também tem nove letras. Guy Fawkes (1570-1606) foi um soldado católico inglês que participou como elemento principal na Conspiração da Pólvora, um movimento contra o reino da Inglaterra. Sua missão era assassinar o rei James I (no Brasil: "Jaime I") e todos os membros do parlamento. Entretanto, o movimento foi debelado e Fawkes foi condenado à morte por enforcamento. Antes disto, ele passou a usar o pseudônimo "Guido", um nome espanhol, chamando-se "Guido Fawkes".
    Segundo os estudiosos, a Cabala é uma forma de investigação da natureza divina. É uma filosofia esotérica pela qual os praticantes  visam conhecer Deus e o Universo. A numerologia é uma pseudociência segundo a qual a combinação entre números, operações matemáticas e letras (principalmente as dos nomes das pessoas) podem ser interpretados para predizer ou modificar o futuro e revelar características das personalidades das pessoas. Desta forma, a numerologia cabalística é a junção de conhecimentos da numerologia com a Cabala, inicialmente usando letras da escrita hebraica. Por isto alguns autores afirmam que existem fatos relacionados à cabala e à numerologia na Bíblia. Mais tarde esta mesa associação passou a ser feita entre os números e as letras do nosso alfabeto da seguinte forma: A = 1, B = 2, C = 3, D = 4, E = 5, F = 6, G = 7, H = 8, I = 9, J = 9, K = 10, L = 20, M = 30, N = 40, O = 50, P = 60, Q = 70, R = 80, S = 90, T = 100, U = 200, V = 200, W = 200, X = 300, Y = 9, Z = 400.
    A numerologia também considera o significado de um nome pelo número de letras que ele tem. "Anonymous", como já dissemos, tem nove letras, e "Guy Fawkes" também. O nome do número 9 ("nove") veio do latim, e seus significados estão relacionados ao que é novo, novidade. Assim, o 9 representa mudanças, o fim de um clico para dar-se início a outro. O "começar do zero". Eis por que o 9 se repete na leita seguinte, e em seguida vem o "10", número em que o dígito "0" representa o começo da pifoxima etapa.
    A palavra "Guido" já começa com o "G", ou seja, o "7". Ela pode ser interpretada da seguinte forma: G + U + I + D + O = 7 + 200 + 9 + 4 + 3 = 223. Somando-se os dígitos de 223, temos novamente o 7. O nome "Fawkes" pode ser interpretado como 6 + 1 + 200 + 10 + 5 + 90, cujo resultado é 302, cuja metade 151. Somando 1 + 5 + 1, temos novamente o número 7. "Guido" tem cinco letras. "Fawkes" tem seis. O 5, segundo a numerologia, significa "liberdade". "Liberdade" era exatamente a palavra de ordem pregada pelos participantes da Conspiração da Pólvora. "Liberdade", em inglês, é "freedom", e pela contagem das letras, retornamos ao número 7. O 6 representa reação em alguns casos e responsabilidade em outros. No caso de Fawkes, pode representar as duas duas coisas. O 7 é encontrado como metáfora e como símbolo em várias mitologias e religiões antigas e atuais. O herói grego Hércules teve que enfrentar a Hidra de Lerna, um monstro que tinha sete cabeças. Ainda hoje, quando nos referimos a um problema difícil de ser resolvido, usamos a expressão "bicho de sete cabeças". Entre os ensinamentos de Buda, destacam-se as "Sete Verdades". Uma das lendas mais populares e antigas do mundo, de origem ainda desconhecida, diz que um gato tem sete vidas. Na Bíblia, encontramos expressões como "serão setenta vezes sete", as epístolas de Paulo às "Sete Igrejas".  Os cristãos fazem referências aos Sete Pecados Capitais, aos Sete Sacramentos, etc. Na Igreja católica, a imagem de São Sebastião mostra o corpo do santo ferido por sete flechas. A Bíblia revela o 7 como o "número da perfeição".
    "Vingança", em inglês, pode ser "vengeance" ou "revenge". Pode ser também "vendetta", mas esta é uma palavra introduzida no inglês, porém vinda do latim. É uma palavra de oito letras, mas o título original em inglês "'V' for Vendetta" tem 12 letras. De acordo com a numerologia, o 12 encerra um sistema completo, coeso, de algo bem acabado e bem estruturado. 
    Fontes: 

    quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

    A Estrutura Política do Vaticano

    Palácio da Cúria Romana,
    sede onde atuam os membros da corte papal.
    Foto: Wikipedia

    A estrutura política do Vaticano é a base da estrutura política de toda a Igreja Católica. Por isto, a posse, a morte ou a renúncia de um papa sempre se torna o centro das atenções da política no mundo. 



    Pensar que política e religião são duas coisas dissociadas é um grande equívoco. Especialmente no caso do catolicismo, pois a Igreja Católica sempre exercer fortes influências sobre os governos de vários países desde o início de sua existência, há cerca de dois mil anos. A igreja Católica se auto-afirma desde aquela época como o próprio centro do Universo - a palavra "católico" vem da palavra grega "katholikos", que significa "universal" - tendo o papa como autoridade suprema mundial. O papa é também chamado de "Bispo de Roma" e é considerado como o sucessor do apóstolo Pedro, a quem os católicos chamam de "São Pedro". A igreja se afirma como verdadeira representação de Deus na Terra autorizada pelo próprio Deus para converter as pessoas aos ensinamentos e à pessoa de Jesus Cristo em vista do Reino de Deus. Desta forma, concede a Maria, a mãe de Jesus, os títulos de "Nossa Senhora" e de "Mãe da Igreja". 
    A igreja católica não se auto-afirma apenas como uma igreja, mas como a única igreja estabelecida por Deus para salvar toda a humanidade. Sua doutrina foi elaborada em vários concílios pelos "pais da igreja" e pelos "doutores da igreja". Os "pais da igreja" são teólogos, bispos, etc., cujos trabalhos acadêmicos foram utilizados como requisitos doutrinários. Os "doutores e doutoras da igreja" não são necessariamente pessoas que tenham títulos de doutorado, mas apenas pessoas que dedicaram suas vidas para escrever obras enaltecendo o cristianismo.
    Desde 1929, o Vaticano, ou "cidade do Vaticano", é a capital mundial da Igreja Católica. Seu nome oficial é "Stato della Città del Vaticano" ("Estado da Cidade do Vaticano"), o que confirma sua condição política de cidade-Estado. Uma cidade-Estado é uma cidade politicamente independente, com governo próprio e autônomo. O Vaticano é um caso particular por ser a única cidade-Estado do mundo que é um território cercado por muros e situado dentro de uma cidade (Roma). As ordenanças do Vaticano são publicadas em italiano e os principais documentos oficiais da Santa Sé são publicados em latim. A Santa Sé é a instituição responsável pelos assuntos e relações internacionais. Como o Vaticano é uma cidade-Estado, são consideradas   como "relações internacionais" inclusive suas relações com a Itália, apesar de estar dentro da capital italiana.
    O órgão administrativo da Santa Sé é a Cúria Romana (ver foto acima), que constitui a corte do papa. "Cúria" é uma palavra que significa "corte". A Cúria Romana é, portanto, a corte real do Vaticano e de toda a Igreja Católica. "Real" porque o sistema político do Vaticano é uma monarquia cujo rei é o papa. É uma monarquia eletiva por não poder ser hereditária, já que o papa é celibatário (não tem filhos). "Papa" é uma palavra carinhosa com o mesmo significado de "papai". É o título mais comum pelo qual é conhecido o Bispo de Roma,  a autoridade máxima mundial do mundo católico. Ele é eleito por uma conclave ou "Colégio dos Cardeais" e seu cargo é vitalício (governa até o dia de sua morte ou quando houver algo que impeça a continuidade de seu governo ou quando renunciar). Os integrantes da Cúria Romana, ou seja, da corte  papal, são os assistentes do monarca (isto é, do papa) quanto às atribuições que cabem a ele como governante. 
    O Vaticano é regido politicamente como um Estado eclesiástico. Isto quer dizer que é um Estado sacerdotal monárquico cujo poder político é ditatorialmente centralizador. Estabelece e controla as doutrinas de toda a igreja católica do mundo, assim como suas disciplinas, suas formas de relacionamento com o mundo e com outras religiões, e gerencia e administra o papel social da igreja, as mudanças, as crises, etc. O monarca é chamado "Bispo de Roma", e não "Bispo do Vaticano", porque o Vaticano foi fundado através do Tratado de Latrão em 1929, mas o papado existe desde a época do Império Romano. O título "Bispo de Roma" é utilizado desde aquela época. O papa exerce um poder fortemente centralizador; portanto, autoritário. Exerce todos os poderes (executivo, legislativo e judiciário) ao mesmo tempo e seus atos como governante não são fiscalizados. Por se auto afirmar como "representante de Deus na Terra", não é obrigado a prestar conta de seus atos. 
    De acordo com dados do próprio Vaticano, existem atualmente no mundo cerca de 1.115.000.000 (um bilhão e 115 milhões) de católicos. Isto representa algo em torno de 17 por cento da população mundial. Significa também que, dentre as pessoas que seguem religiões no mundo, uma grande maioria ainda é católica. Estes dados também nos dão uma ideia do grande número de representações que a Igreja Católica tem espalhadas no mundo. Isto evidencia o poder político que ela ainda exerce, e por que cada discurso proferido por um papa, cada declaração dada por ele, sua morte, sua posse ou sua renúncia atrai tanto as atenções do mundo inteiro. 

    Fontes:

    • Wikipedia.
    • "The Word's Religions", de vários autores - Lion Handbooks, Inglaterra.
    • Enciclopédia Conhecer , Editora Abril Cultural - São Paulo, SP.