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terça-feira, 30 de outubro de 2012

As relações entre os assassinatos de Abraham Lincoln e John Kennedy

Parece-nos difícil acreditar que um dos assassinatos
tenha alguma relação com o outro
por ter ocorrido quase 100 anos depois do primeiro.
Entretanto, as coincidências são muitas. 


O assassinato do presidente dos Estados Unidos, John Fitzgerald Kennedy, em 22 de novembro de 1963, é um dos incidentes mais comentados ainda hoje pelos teóricos da conspiração. Muitos deles acreditam que haja uma relação entre este e o assassinato de Abraham Lincoln, ocorrido em 15 de abril de 1865. As coincidências são classificadas como uma "lenda urbana". Entretanto, muitas delas - pelo menos assim eu penso - que, realmente, são fatos conhecidos sobre os dois crimes, os dois presidentes, seus dois respectivos sucessores e os dois assassinos. São os dados oficiais relacionados não somente aos presidentes, mas a todas as pessoas envolvidas nos dois casos, que reforçam uma teoria da conspiração que levanta a suspeita de que, apesar de quase 100 anos de diferença entre os dois casos, há algumas relações entre eles. Tal teoria sugere a hipótese de que algo como uma sociedade secreta existente desde a época de Lincoln fosse responsável pelos dois crimes. 
Abraham Lincoln nasceu em Hodgenville, no estado de Kentuck, em 12 de fevereiro de 1809. John Kennedy nasceu em Bookline, no estado de Massachusetts, em 29 de abril de 1917. Somando-se os algarismos dos anos de nascimento dos dois presidentes, obtém-se o mesmo resultado: 1+8+0+9 = 18; 1+9+1+7 = 18. Lincoln foi assassinado em 1865, e Kennedy, em 1963. Porém, Kennedy foi a Dallas, onde foi assassinado, com o objetivo de obter apoio dos sulistas para sua recandidatura às eleições de 1964. Somando-se os algarismos de 1865 (1+8+6+5), obtém-se o mesmo resultado da soma dos algarismos de 1964 (1+9+6+4), que é 20. 
Abraham Lincoln foi eleito como senador em 1846. Kennedy foi eleito como senador 100 anos depois, em 1946. Lincoln foi assassinado em 15 de abril de 1865; Kennedy em 22 de novembro de 1963, mas os dois crimes aconteceram numa sexta-feira. Ambos foram mortos com um tiro na cabeça e estavam acompanhados por suas esposas. O nome da secretária de Lincoln era Sara Kennedy, o da secretária de Kennedy era Sara Lincoln.
Lincoln foi assassinado enquanto assistia a uma peça no Teatro Ford, em Washington. Kennedy foi assassinado em Dalas, no Texas, enquanto era transportado pelas ruas da cidade no carro presidencial, modelo "Lincoln", fabricado pela "Ford" (as aspas são para destacar os nomes). Após cometer o crime no teatro, o assassino de Lincoln foi flagrados por policiais enquanto tentava se esconder num depósito. O assassino de Kennedy atirou da janela de um depósito e foi detido por policiais ao tentar se esconder num teatro.
Os dois presidentes eram envolvidos em defesa dos direitos dos negros - Lincoln aboliu a escravidão e Kennedy defendia a igualdade de direitos civis para brancos, negros, índios, etc. O nome do homem que matou Lincoln era John Wilkes Booth e o do que matou Kennedy era Lee Harvey Oswald. Os dois assassinos eram sulistas e ambos tinham o mesmo número de letras em seus nomes completos: 15. 
O vice-presidente e sucessor de Lincoln foi Andrew Johnson. O vice-presidente e sucessor de Kennedy foi Lyndon Johnson (mesmo nome: Johnson). Ambos tinham o mesmo número de letras em seus nomes completos: 13.  Os dois sucessores eram sulistas. Andrew Johnson nasceu em 1808; Andrew Johnson, em 1908. John Wilkes Booth nasceu em 1839. Lee Harvey Oswald nasceu em 1939. Os dois assassinos foram assassinados antes de terem sido julgados, o que parece ter sido uma "queima de arquivo" nos dois casos. 

Essa lista de coincidências foi publicada pela primeira vez em jornais dos Estados Unidos em 1964, ano em que haveria eleição para a presidência com a recandidatura de Kennedy. Entretanto, há informações de que a lista já constava num documento oficial do Congresso anteriormente.

Fontes: 

  • "John Kennedy" - Wikipedia
  • Livro "Abraham Lincoln", de Anna Sproule - Editora Globo - São Paulo - SP.  

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

O que são as Teorias da Conspiração

Elas envolvem lendas, 
mas também sempre envolvem fatos,
pessoas e organizações reais. 
Quando são temas de filmes ou livros,
o sucesso de bilheteria e de vendas
sempre acontece,
mas sempre há muita polêmica
mesmo antes do lançamento.
Por que? 

As "teorias da conspiração" existem há séculos. Entretanto, depois da polêmica mundial causada pelo livro "O Código Da Vinci", do norte americano Dan Brown, publicado em 1994, essas terias passaram a causar muitas polêmicas e a atrair interesses de pessoas em todo mundo. A procura por esse tipo de literatura levou o cinema também a produzir vários filmes sobre o tema, e todos tem obtido sucesso de bilheteria e causado polêmicas.
Antes de 1994, Steven Spielberg dirigiu o bem sucedido "Os Caçadores da Arca Perdida", com Herrisson Ford no papel de "Indiana Jones", uma espécie de "Robert Langdon" (personagem principal de "O Código Da Vinci") um pouco mais destemido. Depois do sucesso desse filme, o personagem "Indiana Jones" foi revivido por Ford em vários outros filmes, sempre abordando lendas relacionadas a fatos reais, política, religiões, etc. Antes mesmo de "Indiana Jones", as aventuras de um personagem de histórias em quadrinhos criadas na Itália por Sergio Bonelli nos anos 1970 já faziam sucesso em todo o mundo: o arqueólogo norte americano Jacques Mystery. Este também teve suas aventuras "vividas" numa série de TV em desenho animado, mas embora as histórias em quadrinhos sejam excelentes, a série deixa muito a desejar.
"Teoria" é o resultado de uma dedução baseada em pesquisas sobre fatos ou coisas reais e/ou não reais. Mesmo baseada em fatos reais, uma teoria é apenas um ponto de vista que poderá, mais tarde, ser confirmado ou não. Cada tipo de teoria tem uma definição específica segundo sua finalidade. As teorias da conspiração visam explicar possíveis relações entre fatos reais recentes e remotos e planos secretos (supostos ou confirmados) geralmente dirigidos por pessoas influentes (membros de instituições religiosas, governos, sociedades secretas, etc.) ou com a simples participação dessas pessoas. Recentemente, esse tipo de teoria começou a ser chamado também de "conspiracionismo", termo que não passa de mais uma palavra surgida de um "modismo". 
Entre as sociedades secretas citadas com maior frequência pelos teóricos da conspiração estão as criminosas como a Máfia, a Yakusa ("Máfia Japonesa"), etc. Mas nem todas são criminosas. Algumas são associações de "iniciados". A Maçonaria é frequentemente mencionada como uma destas. "Iniciados" são pessoas que, intencionalmente ou não,  tiveram acesso a certos conhecimentos que acreditam que não devem ser tornados públicos. Em "O Código Da Vinci" são citados, por exemplo, o Priorado de Cião, a Ordem dos Templários e uma instituição relacionada à Igreja Católica: a Opus Dei ("Obra de Deus" em latim). Muitas teorias da conspiração também envolvem partidos políticos, sindicatos, seitas, etc. 
Essas teorias são vistas com ceticismo exagerado por algumas pessoas mas também com credibilidade exagerada por outras. Felizmente há também as pessoas que as vêem com cautela antes de as julgarem, já que todas são baseadas em fatos e envolvem pessoas reais falecidas ou ainda vivas. Talvez por influência do livro "O Código Da Vinci" e do sucesso do filme baseado livro, mas com certeza principalmente por causa do crescente gosto do público por esse tema, as teorias da conspiração passaram a ser abordadas com muita frequência nos meios de comunicação desde o final dos anos 1990, e com mais ênfase depois do atentando terrorista em Nova York em 11 de setembro de 2001. Evidentemente tem havido muito sensacionalismo, infelizmente, mas também é verdade que muitas dessas reportagens tem contribuído muito para o progresso das investigações. 
Atualmente as teorias da conspiração já são consideradas um fenômeno cultural. Como tal, elas vem sendo objetos de estudo da sociologia e psicologia. Um  dos fatos históricos mais recentes relacionados com frequências a muitas dessas teorias é o assassinato do presidente dos Estados Unidos, John Kennedy, ocorrido em 22 de novembro de 1963. Este será o tema da próxima publicação.